Parlamentares LGBTQIAP+ recebem ameaças de estupro “corretivo”: ódio orquestrado desperta preocupação

Pico alarmante de ameaças coincide com o mês de agosto da consciência lilás

Numa série perturbadora de acontecimentos, mulheres e legisladores LGBTQIAP+ no Brasil tornaram-se recentemente alvos de ameaças envolvendo violação “corretiva”, levantando preocupações sobre o aumento de campanhas de ódio orquestradas. Nas últimas semanas, numerosos representantes políticos LGBTQIAP+ foram sujeitos a mensagens ameaçadoras que promovem a violação “corretiva” devido à sua orientação sexual. Estas mensagens infiltraram-se nas suas contas de e-mail oficiais, bem como nos contatos pessoais, causando indignação tanto entre os políticos como entre os cidadãos.

Personalidades como Mônica Benício (PSol), viúva de Marielle Franco e vereadora do Rio de Janeiro, já foram vítimas dessas ameaças vis. Além disso, parlamentares como Bella Gonçalves, juntamente com as vereadoras Iza Lourença e Cida Falabella, todas do PSol e mineiras, também foram vítimas de ameaças semelhantes de violência e agressão sexual.

As evidências sugerem fortemente que estes ataques LGBTfóbicos foram coordenados por grupos extremistas, dado que todos os políticos visados ​​estão afiliados a causas progressistas e LGBTQ+. Recentemente, no dia 15 deste mês, Rosa Amorim (PT), deputada estadual de Pernambuco, recebeu um e-mail contendo ameaças de estupro “corretivo” como uma suposta “cura lésbica”. Para aumentar o choque, os criminosos demonstraram conhecimento de seu endereço residencial. Rosa enfatizou: “Muitas legisladoras em todo o país estão recebendo ameaças semelhantes à que recebi, demonstrando os efeitos persistentes da política de ódio que prevalece desde o governo Bolsonaro”. Ela prontamente registrou um boletim de ocorrência e solicitou medidas de proteção para sua segurança.

O Mês de Conscientização Lilás de Agosto, que coincidentemente se alinha com esses acontecimentos desconcertantes, é dedicado ao combate à violência contra as mulheres. Este mês homenageia a Lei Maria da Penha, que completa 17 anos desde 2023. Estudo realizado pelo Observatório da Mulher Contra a Violência do Senado Federal em 2021 apontou aumento de 30% nas denúncias de violência física contra a mulher. Surpreendentemente, os casos de violência psicológica aumentaram 165%, enquanto os casos de violência moral ultrapassaram impressionantes 200%.

À medida que a nação lida com essas ocorrências angustiantes, a importância de iniciativas como o Agosto Lilás se torna evidente, com o objetivo de lançar luz sobre as lutas contínuas que as mulheres enfrentam em uma sociedade onde a violência de gênero ainda persiste. Se você testemunhou ou tem conhecimento de alguma mulher sofrendo qualquer forma de violência, ligue para 180 para obter assistência.

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